16 de novembro de 2011

Manchas de café


Eis as manchas de café que estão sobre a minha camisa, na minha calça e o meu casaco, que deixei derramar. Derramei pela manhã no trabalho, ficarei com a roupa manchada até a noite, não tem onde trocar, e outras peças ficam em casa, onde é meu lugar. Desatento sou, desastrado várias vezes. Estas são as manchas de café que caiu sobre o livro que ganhei de presente. Se essas manchas falassem, iria dizer o que estava pensando quando olhei para um lado, sem perceber virei o copo e caiu sobre minha roupa, e o livro onde estava eu saboreando aquela leitura. Parei, limpei, o café que derramei, mas as machas ficaram em minhas peças. Refleti, assim é a vida, o que estou fazendo com ela, será que estou manchando-a, com coisas que não conseguirei mais limpar, quais as marcas que vou deixar, não serão manchas de café, que poderão ser lavadas, são manchas que ficaram marcadas por toda eternidade. Machas de café podem ser apagadas. E manchas da vida?

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