21 de julho de 2010

HISTÓRIA VIVA

HISTÓRIA VIVA – VIVA HISTÓRIA

História, palavra estranha que mesmo sem querer nos acompanha desde a mais tenra idade até o fim dos nossos dias.

Para muitos não tem qualquer significado científico. Outros a confundem com “estória” (contos da carochinha), mas existem aqueles que sabem o verdadeiro sentido e o objetivo da História, que é estudar a sociedade humana através do tempo, para tentar compreender o presente e, se possível, não cometer os erros do passado.

Antes que seja considerada “decoreba”, fato que se deve muito mais ao modelo educacional adotado no Brasil durante décadas e que ficou arraigado na mentalidade das pessoas e, sendo assim, é bastante difícil mudar este tipo de pensamento.

Então, se faz a pergunta: Como podemos mudar esta visão da História? Simplesmente tentando compreender que nós somos parte e agentes da história e ela está em nós. Não podemos nos desligar do seu estudo, pois ela está acontecendo a todo momento, basta ler os jornais, revistas, o cotidiano da cidade e do país e muito mais.

O que não podemos, também‚ é imaginar que os fatos históricos surgem e nós não temos qualquer participação ou que eles não irão nos afetar de algum modo. Como exemplo podemos traçar um paralelo ou até mesmo fazer uma analogia entre dois acontecimentos bem distintos, separados por um período de tempo considerável, mas que no fundo, são de uma mesma essência. As grandes navegações dos séculos XV e XVI e a corrida espacial, que se inicia em meados do século XX. Mas qual será esta relação ou relações? Tanto as navegações quanto as viagens espaciais, demonstram que a busca do desconhecido; uma necessidade do ser humano. Entretanto, a realidade que está oculta é a conquista de riquezas e o desenvolvimento de novas técnicas. O motivo é econômico e também político.

Portugueses e espanhóis procuravam um novo caminho para as Índias e suas especiarias. Norte-Americanos e os então chamados Soviéticos procuram novas fontes de energia, minerais ou outra coisa que garanta a sua supremacia no mundo. Como já se disse: É o impulso econômico que motivará sempre a marcha da humanidade.

As conclusões que chegamos através do estudo da história, jamais seriam observadas se ficássemos apenas na “decoreba”. Isto não significa que não há importância em saberemos alguns nomes ou datas. O mais importante é sabermos nos localizar no tempo e no espaço. Termos parâmetros, pontos de referência.

Podemos até mesmo questionar o surgimento do grande personagem da História. Será que ele surgiu sozinho ou as condições sócio-econômicas de um país permitem seu aparecimento? Exemplos temos aos montes: Alexandre, César, Napoleão, Hitler. Será que em 1989, “elle’ surgiu do nada e se fez por si só? Em 1992, resolveu ir embora com as próprias pernas? Somos nós, o conjunto da sociedade que fazemos a História. Há uma interdependência entre a sociedade e a História.

Mas é muito difícil chegarmos a conhecer plenamente nosso papel, quando não queremos nem mesmo ler um simples livro. Quando isto acontece, principalmente entre boa parte dos adolescentes de hoje, começamos a ouvir queixas, como: “a aula de História é um saco.”, “O professor sabe muito, mas não consegue explicar direito a matéria.”, “Pô, o cara mandou ler dez páginas do livro. Imagina: dez páginas!“, “No dia da prova eu faço uma “cola” ou então vou colar de algum c.d.f da sala.”, “Vamos pedir ao professor para dar prova de múltipla escolha.”

Tudo isso é uma amostragem do que acontece hoje na educação brasileira. O surgimento de novas propostas nem sempre são bem recebidas. É mais fácil ver na televisão o que já está pronto do que construir em nossas mentes, através da leitura, a nossa realidade.

Ler um livro, principalmente os de História, não é apenas juntar sílabas para formar palavras e frases. Ler um livro é perguntar a ele. É conversar com ele e o que for compreendido, deve ser discutido, enquanto o que não se compreende deve-se buscar a resposta ou respostas com o professor.

A História não é chata, nem difícil. Ela é incompreendida.

(®Jorge Alberto – 1999)

fonte:http://recantodaspalavras.wordpress.com/

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